O momento é propício no departamento de Educação da Universidade do Estado da Bahia para fazer a discussão sobre o nosso curso. Afinal de contas, vai haver uma jornada pedagógica para demonstrar a capacidade do departamento para a promoção de conhecimento e socialização do mesmo.
O que acontece dentro do departamento, por detrás dessa grande “festa pedagógica”, é a falta de respeito pelos seus estudantes, especialmente pelos remanescentes. Os estudantes do curso de Pedagogia, que passaram pela peneira do vestibular, hoje se deparam com um obstáculo muito maior: a burocracia burra da instituição.
Estudantes que, por algum motivo, tiveram que largar disciplinas, não se matricular ou perderam alguma disciplina, sofrem com a incompetência por parte dos dirigentes do departamento de gerenciar, distribuir e oferecer as disciplinas pendentes. A verdade é que a política do departamento foi fazer uma espécie de progressão continuada com os estudantes, tendo em vista a substituição do currículo por outro imposto pelo MEC. Mesmo assim não foi suficiente. Alguns estudantes ficaram pra trás. E agora fica a pergunta: e quem passou no vestibular para o currículo velho? Como vai ficar a situação desses estudantes? O departamento vai enrolar eles até o prazo de se concluírem e serem jubilados? E como se justifica o gasto do dinheiro público nesse caso?
Evidentemente que não se aprofundará aqui as séries de outros problemas e desrespeitos com os estudantes da Uneb. Exemplo disso pode ser visto na opinião de certa funcionária da secretaria acadêmica: Ô meu filho. Sua situação está muito ruim, né? Você poderia largar o emprego e cursar o que falta pela manhã? Ah, não pode? Eu sei que você fez vestibular pro curso noturno, mas é que seu currículo acabou. Então eu acho melhor você largar a faculdade. Não dá pra você... Isso é ou não é desrespeito?
Sem falar que, em um departamento com mais de cem professores (isso é número extra-oficial), acontece que, de quando em quando, há uma mobilização para substituir professores, pois os estudantes estão cansados do descaso de certos professores. Toda turma nesse departamento já passou por isso, pelo menos uma vez. E se não passou, com certeza vai passar. Não era o caso de versar sobre problemas outros que não fossem de remanescentes, mas a indignação é tamanha que o atual quinto semestre noturno está travando uma batalha para eliminar uma disciplina, pois o departamento disponibilizou sete delas, quando essa carga horária não pode se adequar à semana letiva. Para isso a direção quer tratar essas disciplinas como se fossem EAD (educação à distância) prejudicando ainda mais a frágil formação que se tem no curso de Pedagogia da Uneb.
Esse texto não prima pela exigência de uma educação de qualidade. Isso já seria um segundo passo. Esse texto tem o objetivo de expressar a revolta contida nos nervos dos estudantes que passam por essa situação de remanescentes. Aqui não se exige uma educação de qualidade, mas qualquer educação. Que pelo menos exista essa educação.
Fica assim registrada a insatisfação, ou melhor, a indignação de uma das vítimas do descaso da Uneb para com seus estudantes. É chegada a hora de testar outras formas de resistência no departamento de educação. A jornada pedagógica está aí. Quem sabe se ela não acontecesse, o diretor não tomava providências?
O que acontece dentro do departamento, por detrás dessa grande “festa pedagógica”, é a falta de respeito pelos seus estudantes, especialmente pelos remanescentes. Os estudantes do curso de Pedagogia, que passaram pela peneira do vestibular, hoje se deparam com um obstáculo muito maior: a burocracia burra da instituição.
Estudantes que, por algum motivo, tiveram que largar disciplinas, não se matricular ou perderam alguma disciplina, sofrem com a incompetência por parte dos dirigentes do departamento de gerenciar, distribuir e oferecer as disciplinas pendentes. A verdade é que a política do departamento foi fazer uma espécie de progressão continuada com os estudantes, tendo em vista a substituição do currículo por outro imposto pelo MEC. Mesmo assim não foi suficiente. Alguns estudantes ficaram pra trás. E agora fica a pergunta: e quem passou no vestibular para o currículo velho? Como vai ficar a situação desses estudantes? O departamento vai enrolar eles até o prazo de se concluírem e serem jubilados? E como se justifica o gasto do dinheiro público nesse caso?
Evidentemente que não se aprofundará aqui as séries de outros problemas e desrespeitos com os estudantes da Uneb. Exemplo disso pode ser visto na opinião de certa funcionária da secretaria acadêmica: Ô meu filho. Sua situação está muito ruim, né? Você poderia largar o emprego e cursar o que falta pela manhã? Ah, não pode? Eu sei que você fez vestibular pro curso noturno, mas é que seu currículo acabou. Então eu acho melhor você largar a faculdade. Não dá pra você... Isso é ou não é desrespeito?
Sem falar que, em um departamento com mais de cem professores (isso é número extra-oficial), acontece que, de quando em quando, há uma mobilização para substituir professores, pois os estudantes estão cansados do descaso de certos professores. Toda turma nesse departamento já passou por isso, pelo menos uma vez. E se não passou, com certeza vai passar. Não era o caso de versar sobre problemas outros que não fossem de remanescentes, mas a indignação é tamanha que o atual quinto semestre noturno está travando uma batalha para eliminar uma disciplina, pois o departamento disponibilizou sete delas, quando essa carga horária não pode se adequar à semana letiva. Para isso a direção quer tratar essas disciplinas como se fossem EAD (educação à distância) prejudicando ainda mais a frágil formação que se tem no curso de Pedagogia da Uneb.
Esse texto não prima pela exigência de uma educação de qualidade. Isso já seria um segundo passo. Esse texto tem o objetivo de expressar a revolta contida nos nervos dos estudantes que passam por essa situação de remanescentes. Aqui não se exige uma educação de qualidade, mas qualquer educação. Que pelo menos exista essa educação.
Fica assim registrada a insatisfação, ou melhor, a indignação de uma das vítimas do descaso da Uneb para com seus estudantes. É chegada a hora de testar outras formas de resistência no departamento de educação. A jornada pedagógica está aí. Quem sabe se ela não acontecesse, o diretor não tomava providências?
Boa, Cléo! Concordo com você em tudo. Não sou remanescente, por sorte sempre pude pegar a grade completa, mas passo por outros inúmeros problemas no DEDC I e sou solidária aos meus colegas que vivem a situação de querer se formar e ter que ouvir na matricula que "faça um novo vestibular, seu currículo acabou"... E sobre os professores, temos muito excelentes, mas temos muitos outros que faltam sem dar nenhuma satisfação, que levam o semestre de qualquer jeito e que até destratam seus alunos por não terem o minimo de educação doméstica. A minha turma já passou por váááários problemas. Enfim, sinta-se apoiado na causa!
ResponderExcluirAbs,
Laís
Realmente a situação do curso de pedagogia...está cada vez mais complicada. Enquanto banheiros são reformados e embelezados, a instituaição esquece que o currículo é uma questão prioritária que precisa ser debatido e revisto. Com isso, a intituição fica com kra de privatizada, não apenas pelo seu espaço físico, mas na sua política de falta de flexibidade, na qual, acreditam que os alunos vivem só para estudar, podendo se adequar as exigências do departamento. É uma vergonha que uma instituição do povo n seja para o povo....há muita coisa a ser questionada do departamento de pedagogia...e o ACC, quem explica como ficam essas 200 horas exigidas numa realidadade notura?
ResponderExcluir...num lugar em que se fala tanto de olhar o sujeito conforme à sua realidade e particularidade.. o departamente de Pedagogia mostra que na Prática a SUA teoria é OUTRA!
Gabriela Loureiro - Pedagogia -NOT 9°semestre.