A violencia no RJ não é um caso de inteligência. Essa perspectiva é muito pobre para aqueles que se reivindicam da esquerda. Os 'traficantes' são fruto do processo histórico e excludente da sociedade capitalista. Dizer que a violencia no RJ é problema de alocação de recursos na inteligencia é o mesmo que dizer que a violencia é caso de polícia. E esse discurso não é, definitivamente, o discurso da esquerda.
Confesso que fico muito decepcionado ao ler esse discurso do dep. Freixo.
E a conclusão do discurso é ainda pior... Quando o dep. diz que nunca há ações em conjunto entre as diversas forças militares, tal qual a que acontece hoje no RJ, porque essas ações não são do interesse dos verdadeiros traficantes, a saber a elite por detrás do morro. Se o Estado tem um caráter de classe, e a classe dominante está por trás do verdadeiro tráfico, quais os reais motivos para essa classe colocar uma força armada no próprio encalço? Esquizofrenia social? O filosófo já alertava, não existe suicídio social. Pois então, uma força armada, dirigida pelo Estado burguês, nunca se enfrentará contra seus dirigentes, a não ser que o período vivido seja um período de Revolução.
Mas essa discussão é muito importante ser feita. Espero, com esse breve comentário, poder contribuir de alguma forma para o debate.Confesso que fico muito decepcionado ao ler esse discurso do dep. Freixo.
E a conclusão do discurso é ainda pior... Quando o dep. diz que nunca há ações em conjunto entre as diversas forças militares, tal qual a que acontece hoje no RJ, porque essas ações não são do interesse dos verdadeiros traficantes, a saber a elite por detrás do morro. Se o Estado tem um caráter de classe, e a classe dominante está por trás do verdadeiro tráfico, quais os reais motivos para essa classe colocar uma força armada no próprio encalço? Esquizofrenia social? O filosófo já alertava, não existe suicídio social. Pois então, uma força armada, dirigida pelo Estado burguês, nunca se enfrentará contra seus dirigentes, a não ser que o período vivido seja um período de Revolução.
Fonte do discurso do Dep.: http://www.marcelofreixo.com.br/site/noticias_do.php?codigo=114
Oi, Cléo muito legal seu comentário.
ResponderExcluirEstes dias querendo ou não, acompanhei um pouco a violência do Rio de Janeiro, já que a mídia não falavam de outro assunto.
Mas, por tudo que foi divulgado, entre a ocupação do morro e cenas digna de cinema, pensei será que a solução para a violência e o fim do tráfico de drogas é aniquiliar todos os traficantes daquele morro, é jogar uma bomba naquele local? O estado não lembra que ele mesmo o causador dessa situação de exclusão social?
Enfim, deixo aqui esse desabafo!
Valeu!
A violência nas favelas cariocas... Quantas famílias moram naquelas favelas? Quantas querem mesmo morar? "É muito melhor morar no RIO do que naquele buraco de onde eu viemos!"
ResponderExcluirAcredito que exista uma preguiça social também: "Vamos levando que as coisas nunca vão mudar." E os aproveitadores de plantão, visualizam um ótimo lugar para vender suas drogas e se organizam. E o lugar é tão adequado que podem ser mortos muitos que aparecerá um outro! Isto só muda quando as pessoas mudarem o discurso, a preguiça, as ações, etc. Existe uma classificação da Psicologia onde há sete níveis de necessidades da pessoa humana a serem satisfeitas. Morar e comer faazem parte das necessidades básicas: primeiro nível. A recém o governo fez uma bolsa família para matar a fome dos mais desesperados. E agora não se iludam com o final do tráfego de drogas. Acredito que o que incomodava o establishment era a presença ostensiva e ousada de forças fortementes armadas fora do controle oficial. Abraços,
Gilmar Veiga.