Eleições chegando e se faz necessário abordar certas tendências do movimento estudantil. Uma das tendências mais fortes, e não só no movimento estudantil, mas também em outros movimentos sociais, é o sentimento antipartidarista.
Em qualquer lugar sempre há crises por conta das bandeiras dos partidos. E como surge esse antipartidarismo? Qual as consequências desse "sentimento"? O antipartidarismo é consequente? São algumas perguntas que se impõe nessa discussão.
Uma das causas desse sentimento é a não conscientização das pessoas. Essa não conscientização é característica de forças políticas que não tem democracia interna e tudo vem de "cima pra baixo", ou seja, dos dirigentes para os militantes de base. Então esses militantes da base colocam esse modelo em prática nos lugares onde atuam, tentando fazer as pessoas de "massa de manobra". E para ser "massa de manobra", as pessoas não precisam pensar.
Mas até onde vai a resistência aos partidos? As mesmas pessoas que têm horror aos partidos políticos (e tenho a impressão que a rejeição é maior se o partido é de esquerda!) seguem votando nos mesmos picaretas de 2 em 2 anos. Ninguém pode ser do PSTU (ou do PSOL, ou PCB), mas todo mundo quer votar no Lula e no PT?
Penso que se queremos mudar o mundo de verdade temos que nos associar com pessoas que pensem da mesma forma. Se queremos fazer/participar de uma Revolução, temos que nos associar com pessoas que pretendem o mesmo. Assim nasce o Partido Revolucionário. E da mesma forma, mas com interesses antagônicos, nascem os partidos da burguesia e dos reformistas (operários que querem administrar o capitalismo).
Se você não quer se associar a nenhum partido, isso é uma escolha que deve ser repeitada. Mas lembrem-se sempre: "a indiferença frente uma luta entre desiguais é sempre cumplicidade com o mais forte".