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quinta-feira, 29 de julho de 2010

Os Partidos e o sentimento de repulsa




Eleições chegando e se faz necessário abordar certas tendências do movimento estudantil. Uma das tendências mais fortes, e não só no movimento estudantil, mas também em outros movimentos sociais, é o sentimento antipartidarista.

Em qualquer lugar sempre há crises por conta das bandeiras dos partidos. E como surge esse antipartidarismo? Qual as consequências desse "sentimento"? O antipartidarismo é consequente? São algumas perguntas que se impõe nessa discussão.

Uma das causas desse sentimento é a não conscientização das pessoas. Essa não conscientização é característica de forças políticas que não tem democracia interna e tudo vem de "cima pra baixo", ou seja, dos dirigentes para os militantes de base. Então esses militantes da base colocam esse modelo em prática nos lugares onde atuam, tentando fazer as pessoas de "massa de manobra". E para ser "massa de manobra", as pessoas não precisam pensar.

Mas até onde vai a resistência aos partidos? As mesmas pessoas que têm horror aos partidos políticos (e tenho a impressão que a rejeição é maior se o partido é de esquerda!) seguem votando nos mesmos picaretas de 2 em 2 anos. Ninguém pode ser do PSTU (ou do PSOL, ou PCB), mas todo mundo quer votar no Lula e no PT?

Penso que se queremos mudar o mundo de verdade temos que nos associar com pessoas que pensem da mesma forma. Se queremos fazer/participar de uma Revolução, temos que nos associar com pessoas que pretendem o mesmo. Assim nasce o Partido Revolucionário. E da mesma forma, mas com interesses antagônicos, nascem os partidos da burguesia e dos reformistas (operários que querem administrar o capitalismo).

Se você não quer se associar a nenhum partido, isso é uma escolha que deve ser repeitada. Mas lembrem-se sempre: "a indiferença frente uma luta entre desiguais é sempre cumplicidade com o mais forte".

3 comentários:

  1. Olá!
    As classes dominantes conseguem nos impor sua visão de mundo e nos convencem de que as necessidades das elites são as necessidades de todos. Infelizmente os pobres no Brasil não têm consciência de classe, não se reconhecem como classe explorada. O pobre sempre acha que é mais remediado que o vizinho. O pobre é convencido de que sua vida não é tão ruim assim. O pobre acha certo quando a polícia dizima jovens pretos e periféricos e acredita quando o jornal diz que as vítimas tinham envolvimento no tráfico. Enfim, o pobre tem a ilusão de que é igual ao burguês, de que o que beneficia o burguês o beneficia também, que um governo para empresários é um governo que pode favorecê-lo. Os pobres acham lindo e justo que magnatas concentrem terras e meios de produção, porque eles têm a ilusão de que os burgueses fizeram por merecer possuir tais bens, e são os primeiros a dizer que a tomada dos meios de produção seria um roubo. Como se os pobres não fossem roubados todos os dias pelos patrões! Por isso as pessoas aderem a partidos burgueses ou reformistas, isso quando não estão nem aí mesmo, e vêem os partidos revolucionários como agremiações de bandidos.
    É urgente que os pobres adquiram consciencia de classe. Acredito ser esse o primeiro passo para a revolução.
    Saudações vermelhas!

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  2. Tenho acordo contigo, camarada! A consciencia de classe é fator fundamental para que a classe explorada reaja. Embora trabalhemos nisso todos os nossos dias, somente com o ancenso das lutas e o consequente acirramento da luta de classes poderá fazer com que esse processo se acelere.

    Saudações Comunistas!

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  3. E no caso específico do Brasil, o ceticismo extremado no que tange a partidos políticos foi agravado "graças" ao PT, e à sua política (hipócrita) de conciliação de classes. ALém disso, boa parte dos trabalhadores foi anestesiada pela CUT e Farsa Sindical, entre outros mecanismos de contenção da força revolucionária. Há os que crêem que o PT é DE FATO um partido DOS trabalhadores, e há os que não crêem, estes últimos caindo numa descrença quento a alternativas REALMENTE classistas.

    UM FORTE ABRAÇO!
    LUTEMOS, POIS A REVOLUÇÃO NÃO SÓ É NECESSÁRIA, MAS POSSÍVEL!

    Rafael Medeiros

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